Nô Djunta Mon Pa És Projectú

PROJECTO DE MELHORIA DO ACESSO À SAÚDE SEXUAL E REPRODUTIVA

Guiné-Bissau

NÔ DJUNTA MON PA ÉS PROJETÚ

O Projecto MASSR pretende fornecer um conjunto de ferramentas de apoio ao desenvolvimento da informação e educação sobre a saúde sexual e reprodutiva, de forma a garantir o bem-estar físico, mental e social de todos os cidadãos guineenses.

As IST são uma importante causa de morbilidade e mortalidade a nível mundial, associadas ao estigma e preconceito ainda muito presentes na atualidade.
A prevalência de Infeções Sexualmente Transmissíveis (IST) tem aumentado, verificando-se taxas de gonorreia e Clamídia genital e Sífilis cada vez maiores, particularmente em adolescentes, o que é preocupante, uma vez que deveriam ser uma geração mais informada e protegida, sendo que o VIH é também sempre preocupante.
Assim, há que fomentar os conhecimentos de métodos contracetivos protetores de IST pela comunidade, reduzir o estigma a eles associados, que muitas vezes leva ao não tratamento e maior propagação, e promover a saúde sexual e reprodutiva em meio escolar.

A educação para a sexualidade é essencial na educação para a saúde. Uma população não educada nas várias vertentes da sexualidade é mais suscetível a desenvolver comportamentos de risco. No caso específico das populações mais jovens, a ausência de educação sexual pode refletir-se na falta de preparação para lidar com a sexualidade, o sentimento de invulnerabilidade, barreiras e preconceitos, dificuldade em tomar decisões, baixa autoestima, indefinição de identidade e necessidade de afirmação dentro do grupo de pares.
Desta forma, mostra-se necessário o desenvolvimento de competências que permitam escolhas informadas e seguras, a potenciação dos relacionamentos afetivo-sexuais, a redução das IST, a promoção e capacidade de proteção face a exploração e abusos sexuais e a diminuição da discriminação e preconceito através do aumento da educação para a sexualidade.

A Violência de Género pode ser definida como qualquer ato de abuso, violência ou violação de direitos humanos que tem como alvo um género em específico, que resulta de desigualdades de poder baseadas em papéis de género.
Na sua maioria dos casos existentes de violência, o sobrevivente predominante de violência são mulheres (aproximadamente 80%). No entanto, os homens não se encontram isentos desta problemática. Em média, um homem que tenha sido abusado na infância demora mais de 20 anos a procurar apoio. A manutenção deste silêncio é alimentada pelo mito de que homens e rapazes não podem ser vítimas de violência sexual e que, caso o sejam, serão menos masculinos ou capazes que os outros.